terça-feira, 29 de novembro de 2011

Seus padrinhos

Filha, Faz tempo que não passo por aqui, e algumas coisas importantes aconteceram nesses dois últimos meses. Duas delas foram os aniversários da sua madrinha, a tia Tata e do seu padrinho, o tio Ju. Em 26/10, a tia Tata completou 25 anos. Tudo o que eu sei da infância dela é que ela foi muito esperada, amada e paparicada. Era a princesinha de todos, mas não assumia o posto de intocável. Pelo contrário, ela era parceira do papai Lê, aprontando todas.
Sei que ela era modelo do tio Caco para fazer penteados "new wave" e sei também, que ela topava todas as aventuras propostas pelo papai quando os dois tinham menos de 1,50m de altura e na maioria das vezes era ela quem pagava o pato.
Hoje, a tia Tata é minha irmã também. A irmã que eu sempre quis ter para dividir o guarda-roupa, para me aconselhar e para chorar comigo. Acima de tudo, minha melhor amiga. Ontem, 28/11, foi aniversário do seu padrinho, o tio Ju. Que bem antes de ser o tio Ju, foi o primeiro amigo da mamãe. Lembro-me como se fosse hoje quando a vovó Lúcia chegou da maternidade e me falou pra ir olhar no berço o presente que ela havia trazido pra mim.
Desde então, mesmo entre tapas e beijos, ele nunca deixou de ser meu primeiro amigo. Em casa discutíamos e divergíamos sobre quase tudo, mas da porta pra fora parecíamos ser um só em defesa mútua.
Na adolescência fomos opostos: eu queria sair, ele queria ficar. Adultos, continuamos divergindo, já que profissionalmente ele seguiu a carreira da família e se tornou advogado. Já eu, a ovelha negra, deixei de lado os palcos e me tornei jornalista. E então, de maneira linda, Deus escreveu uma linda história, de novo para nós dois: somos parte de uma grande família. Tivemos os melhores pais do mundo, que nunca pouparam esforços para nos favorecer, cuidaram de nós como relíquias e nos instruíram sempre no caminho do bem, lembrando a todo momento que o tio Ju era meu melhor amigo e vice-versa. Agora, dividimos a sogra e o sogro (que são nossos segundos pais), o sobrenome, os cunhados, as sobrinhas. E além de irmãos e amigos, viramos também concunhados, já que ele é marido da minha cunhada e eu sou esposa do cunhado dele. Confuso, né filha? Um dia você vai entender. Ontem, ele completou 27 anos. Um cara responsável, trabalhador, líder por natureza. Um homem feito, mas que pra mim continua sendo o Juninho pequeno, fofinho, com a mão gordinha, língua presa. Você, mesmo sem saber de todas essas coisas e sem conhecer a história deles, já os ama muito, filha. Isso é lindo demais. Parabéns tia Tata e tio Ju! Amamos vocês!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ela foi assim...

... ao aniversário do Lucca, nosso vizinho. Detalhe para o charme da boca suja de chocolate.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Suas novas

Ontem, em um jantar-família em nossa casa, você perguntou à Tia Tata:

"Ta Tata, quando a nenê faz 10 anos?"

Vai demorar um pouquinho, filha. Ainda bem.


***


Dia desses você acordou contando seu sonho:

"Mamãe, a menina queria fazer cocô e fez muita força. Depois ela tomou tetê e ficou feliz."

Rá! :D


***


Você acabou de sair das fraldas - só as usa para dormir. E estamos no processo de adaptá-la a fazer cocô no banheiro... Então sábado passado acordamos abraçadinhas, e eu te disse:

- Filha, a mamãe sonhou que você pedia para ir ao banheiro e eu te levava correndo! E você, o que sonhou?

- Eu sonhei que você... você... você, você, você, você, você, você, você quer?

E dançou apontando os indicadores para mim.



Você é demais, filha.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dias intensos

Filha,

Mamãe parou um pouco de escrever aqui para você. Talvez seja porque agora, no auge de seus 2 anos e 5 meses, nós duas temos conversado muito. Criei esse blog com o intuito de registrar aqui todos os meus sentimentos e minhas emoções com relação a você, para que tudo seja registrado e que você saiba como cada detalhe da sua existência é importante para mim.

Agora que interagimos mais, e conseguimos conversar, parece-me que automaticamente passei a me preocupar em registrar meus sentimentos e minhas emoções apenas em seu coraçãozinho.

Mas prometo voltar a registrar tudo aqui, filha. A memória, na maioria das vezes, é traiçoeira. O que se registra no coração, não.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nosso momento

Filha,

Ontem cheguei em casa muito tarde por conta do trabalho, e você ainda estava acordada me esperando. Papai disse que você resistiu firmemente aos olhinhos que tentavam se fechar só para me ver.

Assim que cheguei, você me chamou para irmos ao seu quarto brincar. Lá ficamos uns 10 minutinhos e já percebi que o sono estava te dominando. Fizemos todo o ritual pré-soninho e nos deitamos na minha cama, juntinhas.

Primeiro, você quis contar a história, bem assim: "Era uma vez, o picnic. O picnic e a Aninha. E a lua foi lá no céu com Jesus".

Depois foi minha vez, quando percebi que você quase não prestava mais atenção em mim. Então parei a história e fechei meus olhos, como um incentivo a você fazer o mesmo. E com eles um pouco entreabertos, te vi olhando para mim, bem de pertinho. Você passava sua mãozinha com a maior suavidade no meu rosto, para não me acordar. Parecia querer registrar os detalhes. Aquele momento para mim, filha, foi precioso.

Em dias de tanta correria, de tantos problemas, de tantas agonias... Você me fez lembrar que os detalhes precisam ser apreciados com suavidade.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Inovações tecnológicas

Em dezembro de 2010 passamos alguns dias com a Tia Carla, Tio Naldo e família em Floripa. Dias deliciosos, diga-se de passagem, que já foram citados aqui.

Mas vasculhando os meus arquivos, achei esse vídeo seu, feito lá. Você se assustando com a lixeira eletrônica. Coisa mais linda da mamãe!


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Primeiros resultados da escola

Filha,

Papai acaba de me telefonar avisando que participou da reunião individual com a Professora Vivi, já que a mamãe não pôde ir por conta do trabalho. E, resumindo, sua avaliação é muito positiva.

Você reconhece formas, cores e diferencia os números das letras. Fala seu nome completo, reconhece as partes do corpo. Ama desenhar, pintar, cantar e dançar. Ama livros. Só elogios quanto a sua conduta e ao seu aprendizado.

Mas um detalhe sobressaltou a todos os comentários. A Vivi disse que você tem ajudado muito sua amiga Mariana. Ela, que é muito querida e especial, tem se desenvolvido bastante e a professora atribuiu parte desse desenvolvimento aos cuidados que você destina a ela todos os dias. Quando a turma inteira bate palmas, você está com ela para ajudá-la e vive avisando às professoras quando o nariz dela está escorrendo.

Para mim, filha, essa sua participação ativa na vida da Mariana é o maior e melhor retorno que poderíamos ter de seus primeiros meses na escola. Quando o papai me contou isso, me segurei para não desabar aqui no trabalho. É emocionante te ver crescer aprendendo o que é comum a todos, mas valorizando o que a maioria deixa de lado.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os 2 anos mais intensos da minha vida

E lá se foi mais um ano seu.




















Até que você nascesse eu tinha uma idéia de aniversário. Eu via o dia do aniversário como uma ótima oportunidade para comemorar, via como se fosse um dia-presente, que nos permitisse acordar mais tarde, não lavar a louça e comemorar do jeito que quiséssemos. E só.



Depois que te peguei nos braços pela primeira vez e percebi a fragilidade daqueles 49,5cm e 3.370kg, mudei drasticamente meu ângulo de visão sobre muitas e muitas coisas, inclusive sobre aniversários.



Cada gripe, cada febre alta, cada choro de dor criavam pontos de restauração em meu coração (em homenagem ao papai geek), para que eu sempre me lembrasse de ser grata a Deus pelos pequenos milagres.

Dia 12 de março você completou seus dois primeiros anos. E é sobre esse último em especial que quero falar aqui.
Você cresceu muito rápido. Dia desses era só um projeto que foi estudado e planejado em seus mínimos detalhes. Em 14 de julho de 2008, era só um teste de farmácia meio positivo e muita ansiedade. No dia seguinte, era a confirmação pelo sangue e muitos olhos marejados. Depois, num piscar de olhos, já estava em nossos braços. E agora fala seu nome completo, só para contrariar todos aqueles que acharam uma "judiação" colocar um nome tão grande em você.


Você é espirituosa, inteligente e cativante. E não é opinião minha só - é senso comum. Seu vocabulário é impressionante e você consegue formar frases perfeitas, no tempo verbal correto. Mamãe-jornaleira-coruja!

Aprendeu a negociar. Quando ouve um não, retruca com um "Só um pouquinho, mamãe?". Então é só um pouquinho de danone, só um pouquinho do colo do vovô, só um pouquinho da Mel.


E você começou a estudar! No primeiro dia de aula eu tentava te ver independente, mas seus olhinhos me procurando por toda parte me fizeram lembrar que são só dois aninhos. Sua inteligência e desenvoltura por vezes me fazem pensar que já chegamos em 2019 e você está na plenitude da infância - quando na verdade você ainda é um bebê, que pede mamadeira e colo para dormir.


Você é detalhista, como eu. Observa tudo procura entender mecanismos. Já associa o papai à mamãe, o tio Ju à tia Tata e assim com todos os casais da família. Sabe diferenciar os animais e os respeita.


Seu relacionamento com Deus é um dos mais lindos que se pode ver. Antes de comer e antes de dormir você ora, quase que espontaneamente. E se por conta da correria do dia-a-dia nos esquecemos de orar em algum desses momentos, você junta suas mãozinhas e pede: "Mamãe, vamos orar?". E convence quem mais estiver por perto ou à mesa a fazer o mesmo. Até àqueles que não têm esse costume, e que provavelmente poucos adultos teríam coragem de convidar para orar.


Quando um amiguinho se machuca na escola, você coloca a mãozinha sobre ele e diz "Jesus, amém". E sempre nos mostra, orgulhosa, algum machucadinho que melhorou e diz: "Jesus curou, mamãe!".


E você foi ao seu primeiro show de rock fora da barriga da mamãe. O último antes de você nascer foi David Quinlan. Aí, com 1 ano e 5 meses foi sua estréia fora da barriga no show do Oficina G3, com a companhia de sua amiga Naomi.


Fomos ao zoológico, fomos a festas. Cortamos seus cabelos, te levamos ao parque num domingo. Te vimos dançar, te vimos cantar e fazer graça em sua primeira apresentação artística na igreja. Na encenação da peça, em meio a uma discussão programada entre dois personagens, você levantou sua mãozinha e disse bem alto: calma!! Achando que aquilo tudo era verdade, você passou de figurante à protagonista.


Te vimos adquirir novos hábitos. Na escola, aprendeu coisas novas: boas e ruins. Chegou em casa com manias feias e passou a ficar doentinha com mais frequência. É, filha... Todo crescimento dói.


Passamos o dia 12 de março relembrando seu último ano e optamos por fazer desse dia um memorial de gratidão a Deus. Você é nosso maior presente, e faz do nosso lar um lugar de paz. Te amamos, filha. Com todas as nossas forças.








terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Timão ê ô

Filha,



Preciso te falar sobre um amor, uma paixão que você já tem, masque ainda não entende por completo.



Agora que te vejo crescer tenho certeza de que a gente já nasce corinthiano. Você vê um jogo de futebol na tv e já corre falar: "Timão ê ô, mamãe!".



E isso é tão lindo de ser ver, que uma parte dos que não torcem pro Corinthians tenta te ensinar o contrário. Já tentaram te dizer que o Timão é ruim, que é feio... E por alguns instantes você até solta "Timão não..." Mas é só essa pessoa sair de perto que a essência volta.



Você vê o símbolo do Corinthians em qualquer lugar, reconhece e mostra: "Mamãe, olha o Timão!". E beija o brasão da sua camisa.



Com o tempo, filha, você vai ver que muitos ainda vão querer tirar de você essa marca, mas você mesma verá que a essência não se extrai.

Ela foi assim: virada


E o novo ano mereceu figurino especial! :)
(Tyrol e Acessorize)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

2011

Filha.






2010 chegou ao fim, e quase não escrevi aqui, para você. Não por falta de assunto, pelo contrário. Esse ano que acabou foi repleto de descobertas e emoções intensas.





Você disparou a falar. Hoje, forma frases inteiras e engata conversas com quem estiver disposto a decifrar seu vocabulário versátil. Nos pede calma quando alguma conversamos um pouco mais alto.






Vem, mamãe...



Vamos abrir?



Quer brincar.



Oba, presente!



Pode ser?



Quero brinquedo.



Vamos orar?



E o momento de orar, filha, é um dos mais lindos! Sempre antes das refeições ou antes de dormir, você já une as mãozinhas e nos leva a fazer o mesmo. E agradece pelo papá, pela cama, pela família, pelos amigos... E vez ou outra, no meio do dia durante uma brincadeira você solta: "Papai Céu, obigada pelo papai, mamãe, amigo. Te amo Jesus. Aleluia". Linda! Você está se tornando especialista em derreter nossos corações.


Passamos o aniversário do papai e a virada do ano em Floripa com Tio Naldo, Tia Carla e família. Mesmo pequenina, você já sabe a importância que eles têm para nós.