quinta-feira, 24 de março de 2011

Os 2 anos mais intensos da minha vida

E lá se foi mais um ano seu.




















Até que você nascesse eu tinha uma idéia de aniversário. Eu via o dia do aniversário como uma ótima oportunidade para comemorar, via como se fosse um dia-presente, que nos permitisse acordar mais tarde, não lavar a louça e comemorar do jeito que quiséssemos. E só.



Depois que te peguei nos braços pela primeira vez e percebi a fragilidade daqueles 49,5cm e 3.370kg, mudei drasticamente meu ângulo de visão sobre muitas e muitas coisas, inclusive sobre aniversários.



Cada gripe, cada febre alta, cada choro de dor criavam pontos de restauração em meu coração (em homenagem ao papai geek), para que eu sempre me lembrasse de ser grata a Deus pelos pequenos milagres.

Dia 12 de março você completou seus dois primeiros anos. E é sobre esse último em especial que quero falar aqui.
Você cresceu muito rápido. Dia desses era só um projeto que foi estudado e planejado em seus mínimos detalhes. Em 14 de julho de 2008, era só um teste de farmácia meio positivo e muita ansiedade. No dia seguinte, era a confirmação pelo sangue e muitos olhos marejados. Depois, num piscar de olhos, já estava em nossos braços. E agora fala seu nome completo, só para contrariar todos aqueles que acharam uma "judiação" colocar um nome tão grande em você.


Você é espirituosa, inteligente e cativante. E não é opinião minha só - é senso comum. Seu vocabulário é impressionante e você consegue formar frases perfeitas, no tempo verbal correto. Mamãe-jornaleira-coruja!

Aprendeu a negociar. Quando ouve um não, retruca com um "Só um pouquinho, mamãe?". Então é só um pouquinho de danone, só um pouquinho do colo do vovô, só um pouquinho da Mel.


E você começou a estudar! No primeiro dia de aula eu tentava te ver independente, mas seus olhinhos me procurando por toda parte me fizeram lembrar que são só dois aninhos. Sua inteligência e desenvoltura por vezes me fazem pensar que já chegamos em 2019 e você está na plenitude da infância - quando na verdade você ainda é um bebê, que pede mamadeira e colo para dormir.


Você é detalhista, como eu. Observa tudo procura entender mecanismos. Já associa o papai à mamãe, o tio Ju à tia Tata e assim com todos os casais da família. Sabe diferenciar os animais e os respeita.


Seu relacionamento com Deus é um dos mais lindos que se pode ver. Antes de comer e antes de dormir você ora, quase que espontaneamente. E se por conta da correria do dia-a-dia nos esquecemos de orar em algum desses momentos, você junta suas mãozinhas e pede: "Mamãe, vamos orar?". E convence quem mais estiver por perto ou à mesa a fazer o mesmo. Até àqueles que não têm esse costume, e que provavelmente poucos adultos teríam coragem de convidar para orar.


Quando um amiguinho se machuca na escola, você coloca a mãozinha sobre ele e diz "Jesus, amém". E sempre nos mostra, orgulhosa, algum machucadinho que melhorou e diz: "Jesus curou, mamãe!".


E você foi ao seu primeiro show de rock fora da barriga da mamãe. O último antes de você nascer foi David Quinlan. Aí, com 1 ano e 5 meses foi sua estréia fora da barriga no show do Oficina G3, com a companhia de sua amiga Naomi.


Fomos ao zoológico, fomos a festas. Cortamos seus cabelos, te levamos ao parque num domingo. Te vimos dançar, te vimos cantar e fazer graça em sua primeira apresentação artística na igreja. Na encenação da peça, em meio a uma discussão programada entre dois personagens, você levantou sua mãozinha e disse bem alto: calma!! Achando que aquilo tudo era verdade, você passou de figurante à protagonista.


Te vimos adquirir novos hábitos. Na escola, aprendeu coisas novas: boas e ruins. Chegou em casa com manias feias e passou a ficar doentinha com mais frequência. É, filha... Todo crescimento dói.


Passamos o dia 12 de março relembrando seu último ano e optamos por fazer desse dia um memorial de gratidão a Deus. Você é nosso maior presente, e faz do nosso lar um lugar de paz. Te amamos, filha. Com todas as nossas forças.








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